
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta sexta-feira (14) que os soldados ucranianos que combatem na região russa de Kursk entreguem as armas, após o líder americano Donald Trump estimulá-lo a "poupar a vida" dos militares na linha de frente.
— Se entregarem as armas e se renderem, terão a vida garantida e um tratamento digno, conforme as normas do direito internacional e as leis da federação russa — afirmou Putin, segundo declarações transmitidas pela televisão.
O pedido de Trump a Putin foi feita nesta sexta-feira, quando a ideia de um cessar-fogo suscita reservas e um "otimismo" prudente em Moscou.
"Nesse momento, milhares de soldados ucranianos estão completamente rodeados pelo exército russo e em uma situação muito ruim e vulnerável. Solicitei encarecidamente ao presidente Putin que poupasse suas vidas", escreveu o republicano em sua plataforma Truth Social.
O mandatário russo acrescentou que viu a mensagem de seu homólogo norte-americano pedindo clemência para os soldados ucranianos "completamente cercados pelo exército russo".
Putin assegurou que os soldados ucranianos "cometeram muitos crimes contra a população civil" na região de Kursk, onde controlam centenas de quilômetros quadrados desde agosto de 2024. Ele voltou a classificá-los como "terroristas".
— Ao mesmo tempo, entendemos o apelo do presidente Trump em favor de considerações humanitárias em relação a esses soldados — acrescentou.
Nos últimos dias, as tropas russas fizeram avanços significativos na região de Kursk, especialmente ao retomar o controle da cidade de Sudzha, a principal posição ucraniana no setor.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu que suas tropas nessa região estão em uma situação "muito difícil", mas negou que estejam cercadas.