
Ao contrário do país, o Rio Grande do Sul começou 2018 com aumento no número de inadimplentes. Foram 2,945 milhões, que representam 4,9% do total verificado no país pela Serasa Experian.
São 47 mil pessoas a mais com nome sujo do que em dezembro de 2017. A Serasa passou recentemente a divulgar o número absoluto de inadimplentes e não apenas o percentual das consultas ao banco de dados que apresentam restrição de crédito.
Conforme a Fundação de Economia e Estatística, a população do Rio Grande do Sul é de 11.342.994. Ou seja, o número de pessoas com dívidas em atraso representa 26% do total de habitantes do Estado. Tradicionalmente, a inadimplência é ainda maior entre os jovens.
Importante lembrar que endividamento e inadimplência não são a mesma coisa. A pessoa só se torna inadimplente quando atrasa o pagamento das dívidas.
Nem sempre os indicadores que medem as duas situações andam juntos. Durante o auge da crise, o receio de não receber fez empresas restringirem a liberação de crédito. Chegou a ter redução do endividamento de consumidores, mas aumento da inadimplência em contas básicas, como luz e água.
Com sinais de melhora e redução dos juros, o crédito começou a voltar ao mercado. Com as instituições financeiras mais flexíveis, alguns indicadores já apontaram aumento do endividamento.