
O fim de semana foi intenso no noticiário internacional. No sábado, Donald Trump, com seu estilo inconfundível, ordenou um ataque aéreo devastador contra os Houthis no Iêmen. Foi a maior operação militar dos Estados Unidos desde que ele assumiu a presidência — e, como sempre, a decisão veio carregada de polêmica.
Os alvos eram as bases dos Houthis, um grupo rebelde apoiado pelo Irã que, há tempos, flerta com o terrorismo. Eles vêm atacando navios no Mar Vermelho desde outubro, supostamente em solidariedade aos palestinos, e obrigando empresas a refazer suas rotas, encarecendo ainda mais o comércio global. Depois de um período de relativa paz na região em decorrência do cessar-fogo entre Israel e Hamas, os rebeldes decidiram voltar à ação, ameaçando embarcações ligadas a Israel. Trump não quis saber de aviso e resolveu intervir com força.
Até aí, nada de novo no front. O curioso mesmo foi a reação dos Houthis ao ataque. O grupo — cuja bandeira estampa frases como “Morte à América”, “Maldição sobre os judeus” e “Vitória ao Islam” — agora está reclamando de crimes de guerra. Sim, aqueles que sequestram navios, disparam drones contra cidades e recebem financiamento do democrático Irã para desestabilizar a região, de repente se tornaram defensores das normas internacionais. A fina flor da ironia.
Mas esse teatro não é novo. Há anos, grupos extremistas tentam vender a narrativa de que são vítimas, enquanto pregam a destruição do Ocidente. E o mais impressionante é que sempre há quem compre essa história, haja vista os “inocentes do Leblon” das universidades americanas.
Enquanto isso, Israel e os Estados Unidos seguem como os últimos obstáculos antes de uma expansão ainda maior dessa ideologia que não tolera a liberdade e os valores ocidentais. De resto, a comunidade internacional se cala diante da tentativa escancarada de transformar o planeta num grande califado.
O aviso está sendo dado há tempos — e não pelos analistas de segurança, mas pelos próprios radicais. Só não enxerga quem não quer.