Anuncia-se que quarta-feira que vem multidões tomarão as ruas do país de um modo sem precedentes. Não sei se este será mesmo um 7 de setembro a fazer história, para além da comemoração do bicentenário da Independência do Brasil. Espero que seja, ao menos, como aquele que vi em 2021: pacífico, animado, mas sobretudo contundente no repúdio à sanha autoritária de um grupo de advogados que, sem jamais terem sido juízes na vida, e alçados pela via política à condição de ministros do mais importante tribunal da República, dedicam-se, hoje, ao que parece ser uma tomada de poder ao arrepio das leis e da Constituição brasileira. Sem votos, usurpam poderes do governo e do parlamento, situação que faz o brasileiro comum se perguntar-se: afinal, qual o sentido de votar em um presidente da República, em um deputado ou senador se quem manda e desmanda no país não está na “cédula” eleitoral? Que democracia é esta?
Artigo
Opinião
Que fale o povo
A lógica é esta: manter você cativo de um Estado policial, que não mostra, nem mesmo a seu advogado, o que tem, afinal, contra você
Eugênio Esber