Arlene Ferrari Graf é uma advogada de Blumenau (SC) que jamais será capaz de esquecer aquele 26 de agosto de 2021. O tempo parou, para ela, às 6h22min, quando foi declarada a morte cerebral de seu filho Bruno Graf, também advogado. A certidão de óbito informava que o filho saudável de Arlene morreu aos 28 anos de idade por AVC hemorrágico/trombocitopenia trombótica imune. Tudo muito rápido e devastador para Arlene, por uma circunstância especial. É que 12 dias antes, por insistência dela, o jovem sem comorbidades e prestes a se casar havia tomado a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz. Na falta de respostas plausíveis para o que havia matado Bruno, cujos exames afastaram a hipótese de covid, Arlene trazia, entalada na garganta, uma angústia: “Meu filho poderia ter morrido pela vacina?”.
Artigo
Opinião
A solidão de Arlene
Ela trazia, entalada na garganta, uma angústia: "Meu filho poderia ter morrido pela vacina?"
Eugênio Esber