Confesso, sem tapa na cara, sem esculacho, sem pau-de-arara – de livre e espontânea vontade. Sim, eu estive no festival de Woodstock. Infelizmente, foi em 1994, mas asseguro que no ar ressoava um clima de puro 69. Fui em busca de um ritual satânico febril e catártico, embalado por muito rock, muita droga e muito sexo. Tudo livre, é claro – como num bufê. E foi justamente o que encontrei, embora deva revelar que tudo fosse de qualidade inferior com relação ao original: a música tinha piorado muito (Crosby, Stills e Nash, por exemplo, além de terem engordado, não tinham mais Young; ou seja, estavam velhos); a maconha cedera lugar à maldita cocaína. E o sexo, oh céus, era... seguro.
Estou em liquidação
Inferno de Dante
Com a esperança de ver o mundo mudar para melhor, aceitei um gole do vinho licoroso dos duendes
Eduardo Bueno