
Uma partida com oito gols marcados já é o bastante para ser sinônimo de muito trabalho para a arbitragem. É impossível um jogo tão movimentado não ter absolutamente nenhuma decisão polêmica ou ao menos algo que represente motivo para discussão. É claro que a vitória com o placar atípico de 5 a 3 do Inter contra o Sport, pela 16ª rodada do Brasileirão, não foi diferente disso.
Não vou nem levar em conta o fato de que houve um gol anulado nesse confronto porque o impedimento de Thiago Galhardo foi muito claro e esse lance foi o menos trabalhoso para a arbitragem.
Vou citar três situações em que a arbitragem teve decisões acertadas, mas que em um jogo de placar mais apertado talvez pudessem ter provocado um debate maior.
A primeira delas foi ainda no primeiro tempo, aos 37 minutos. Patrick recebeu amarelo em um lance que ficou no limite. O volante atingiu Ricardinho com as travas da chuteira na atura das costelas. O que justifica a aplicação correta da advertência por parte do árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães foi o fato de que o jogador colorado recolheu a perna para tentar evitar e acabou minimizando a infração. Não fosse por isso, o vermelho direto seria a única decisão possível.
Já na etapa complementar, aos sete minutos, o gol de Rodrigo Moledo gerou reclamação do Sport. O time da casa queria falta em Mugni, mas a arbitragem acertou mais uma vez. O zagueiro saltou com os braços à frente do corpo e apenas disputou espaço. Ele não fez carga ou empurrou o adversário.
Por fim, no último lance do jogo, a equipe pernambucana chegou a pedir um pênalti em lance em que a bola bateu na mão de Moledo. Novamente a interpretação do juiz foi correta e o VAR acertou ao não interferir. O chute teve muita velocidade e estava muito perto do zagueiro, que não estava em ação de bloqueio e estava com o braço próximo ao corpo em posição natural. É o típico lance acidental em que a penalidade não deve ser marcada.