
Lembro bem de Diego Rosa. Ele surge como meio-campista extraclasse no Grêmio, campeão mundial sub-17 em 2019 ao lado do colorado Peglow, do gremista Pedro Lucas e do palmeirense Verón.
Deste trio, nenhum vingou como se esperava. Seguem jogando, claro, mas não como se imaginava.
Verón estava no Cruzeiro. Agora foi para o Santos, onde está Kaio Jorge, também daquele time.
Destes, Diego Rosa era o mais interessante pelo perfil raro de encontrar. Como Arthur tornara-se paradigma da posição no Grêmio, a comparação (em tempo: comparar nada tem a ver com equivalência ou igualdade, e sim ponto de partida) servia de base para informar o seu estilo.
Diego Rosa era diferente de Arthur: em vez do passe curto e aproximação, era o homem do passe longo e da infiltração, com passadas longas.
Também lembro de advertências emocionais que fazíamos ao vê-lo em campo. Oscilava perigosamente entre a virilidade e a falta de cartão.
Reclamava de forma acintosa de tudo. Aquelas questões passíveis de correção. Roger Federer era bad boy quando surgiu.
Só depois virou o lorde que fez história. A carreira de Diego Rosa não seguiu o curso normal — o Grupo City não monitora e investe em um guri de 17 anos se não tiver potencial — por isso, ao que parece.
É uma tentativa válida do Inter. Hoje com 23 anos, pode retomar a carreira. Voltar para casa costuma ajudar nesses processos.
É como se partisse do zero, ainda jovem, mas com a maturidade que o risco de quase se perder na profissão deve ter lhe dado.
Nesse período, pelos relatos que ouvi, virou mais meia do que volante, porém sua característica sempre foi a de defender e entrar na área.
Não vejo como novidade. Tem de ver como ele está agora, é claro. E como se encaixará no time de Roger Machado. A tentativa é interessante.
A realidade financeira do Inter obriga a garimpar jogadores assim, mais baratos por uma série de motivos e que ainda podem retomar o fio da sua história. Se for jovem e como passado vencedor na base da seleção brasileira, melhor ainda.
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