Não se pode brigar com os fatos. No Gauchão do ano passado, o Grêmio começou todo atrapalhado, tomando gols e até perdendo. Depois engrenou e foi até campeão, mas recebeu o benefício do Inter, que não foi à final. Em 2023, o Grêmio perdeu os três Gre-Nais para o rival.
Nesta alvorada de 2025, mesmo com só dois reforços (nenhum para o ataque), e saída de 12 jogadores, em três jogos já tem o melhor ataque e a melhor defesa do campeonato. Depois de uma atuação convincente no 4 a 0 sobre o Caxias, usou time reserva e repetiu o padrão, aplicando 3 a 0 no Monsoon. Ainda não tomou gol.
O Grêmio começa o ano com organização tática e conceitos definidos: intensidade e força física para pressionar a marcação, roubando bolas no campo inimigo com frequência. Quinteros vai redescobrindo jogadores que terminavam o ano encostados. É uma pena, para o Grêmio, que Monsalve e Arezzo não tenham recebido mais chances no ano passado em nome de opções como Diego Costa, Pepê e até Edenilson.
Não me surpreendo com Monsalve. Até estranho muitos o descobrirem agora. Em agosto do ano passado, escrevi que ele era a contratação mais importante, à frente de Braithwaite ou Diego Costa. No ano passado, ele já havia jogado até mais do quem contra o Monsoon, e diante de adversários mais fortes: Cuiabá, Athletico-PR. Faltou sequência. Perdeu confiança, claro. Tem 20 anos. Candidato a craque.
Por isso, Arezo me chamou mais atenção. Vou exagerar. Tem um jeitão, fisicamente até, que lembra Suárez. Os uruguaios apostavam nele como seu sucessor. Em Novo Hamburgo, dois gols, um de letra, uma bicicleta, uma cobrança de falta no travessão e um corta-luz genial para Aravena desperdiçar. Sobrou. O Grêmio terminou o jogo com média de 23,6 anos, estreando Gabriel Mec, 16, e o lateral-direito Pedrinho, 17.
É só começo de temporada, mas é um surpreendente e bom começo deste novo Grêmio, de Gustavo Quinteros. A ver como será o meio e o fim.
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