O que o Grêmio deve fazer para superar o badalado Flamengo? Muita coisa. A diferença tática e técnica, nesse momento em que ambos começam a decidir, na Arena, uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil, equivale ao tamanho do Oceano Pacífico.
Melhor abordar o que NÃO fazer.
O Grêmio não pode estacionar dois ônibus na frente de Chapecó e dali sair só na quinta-feira (26). É justamente o que o Flamengo quer. Ao contrário da maioria das equipes, pela natureza de seus jogadores, o Flamengo sonha com um time só esperando e nada mais. Sabe abrir retrancas. Aí fica trocando passes (erra pouco esse fundamento) no campo inimigo até achar o espaço e... zás. Só o tempo de buscar a bola na rede.
Seu ponto fraco é correr para trás. Diego, Arão, Everton Ribeiro, Arrascaeta - nenhum desses se sente à vontade na hora desse movimento coletivo. Inter e Ceará apostaram no contra-ataque e se deram bem. Não se trata de faceirice. Ataque de índio, contra o Flamengo, é suicídio. Quem não sabe de urgência de morder o garrão das feras flamenguistas? Sem problemas escalar três volantes, povoando o meio, nesse cenário. Mas é vital, quando recuperar a bola, contragolpear.
Mas não de mentirinha, com um ou dois puxando para depois recuar a bola e pedir calma. Tem de agredir até o fim. Difícil. O Grêmio não consegue agredir ninguém. Vanderson, Douglas e Alisson, os mais velozes, terão de sair. Villasanti precisará passar. A responsabilidade é carioca. O Grêmio vai de sangue doce.
Defender-se com foco e força, sim. Retranca que vaza, não