
É uma crise e tanto. ESPN e ge.globo informam em detalhes que o presidente da CBF, Rogério Caboclo, está prestes a ser obrigado a deixar o cargo por “desvios de comportamento”. Que desvios? Não se sabe. Mas os presidentes de federações estão achando cada vez mais estranho o jeito de falar, lento e com frases fora do lugar, do cartola.
Uma funcionária, que pediu licença do emprego na CBF, teria tomado a decisão por atitudes inadequadas de Caboclo no dia a dia. Recentemente, numa live com dirigentes de federações e clubes sobre a chance de nova parada do futebol devido à pandemia de covid, ele usou termos impróprios em público, com palavrões, interrompendo manifestações dos participantes.
Caboclo ainda não falou sobre o teor das reportagens. Passou longo tempo sem aparecer na sede da CBF, alegadamente em home office. Pelo estatuto, em caso de vacância do cargo de presidente, o mais antigo vice assume. Pois este mais velho teria de convocar para breve eleições entre todos os vice-presidentes da entidade. Sabe quem é um deles, o da Região Sul? Sim, é Francisco Novelletto, que comandou a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) por 16 anos.
Novelletto ameaçou ser candidato de oposição no pleito que elegeu Caboclo, mas logo percebeu que não tinha como bater de frente com o poder da cúpula. Fez contatos. É articulado e hábil politicamente no mundo da bola. Seu nome sempre circulou como possível candidato para quebrar a linha sucessória que vem sendo ação entre amigos desde João Havelange, passando por Ricardo Teixeira, José Maria Marín e Marco Polo del Nero, todos banidos da Fifa por irregularidades.