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Prefiro ficar com o dia “não”. Todo mundo erra e merece segunda chance. Segue o jogo.
Mas o técnico Gustavo Quinteros foi, para mim, uma enorme decepção de conduta em Caxias do Sul, no Estádio Alfredo Jaconi.
A agressão em Ênio, do Juventude, é inqualificável – para dizer o mínimo.
Ele vinha bem, com correta parcimônia diante do confete nas goleadas sobre times pequenos do Interior e respondendo em tom ameno e respeitoso a perguntas críticas nas horas ruins, trazendo o debate sempre para o conteúdo, de peito aberto, não tapando o sol com peneira.
Daí minha decepção com o técnico do Grêmio diante do que aconteceu no Alfredo Jaconi.
Um jogador não espera um soco/cotovelada daqueles vindo de um técnico. É um golpe baixo. O que estaríamos dizendo se fosse Renato? A justificativa de que foi sem querer ficou ainda pior: a imagem é clara. Pedir desculpas por perder a cabeça teria sido melhor, mas é claro que aí entra a questão legal, de pegar uma punição maior e ficar fora dos dois Gre-Nais.
No jogo, tirar Braithwaite e Monsalve quase ao mesmo tempo foi erro grave. Sem falar em como o Grêmio foi envolvido taticamente, mesmo antes da expulsão de Jemerson. Mas isso, um dia mais ou menos feliz na hora de encontrar as soluções em uma partida, isso é do esporte. Até porque depende da resposta dos jogadores a uma eventual correção tática.
Falo da conduta profissional. Do emblema de um técnico, uma figura com autoridade dentro do campo, esmurrar um jogador como se fosse briga de rua. É um limite perigoso que não poderia ter sido transposto, pelo que representa o cargo de treinador.
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