Como qualquer leitor de tragédias gregas, o ex-secretário de Cultura Roberto Alvim deve estar familiarizado com o conceito de "hybris", a desmedida que provoca a ruína dos heróis trágicos. Diretor de teatro consagrado até há bem pouco tempo, Alvim cavou seu espaço no primeiro escalão daquilo que resta de Cultura no governo Bolsonaro com diligência e estômago notáveis. Acendeu velas para todos os santos, pediu a bênção de Olavo de Carvalho, ofendeu Fernanda Montenegro, renegou o passado. Acabou sendo derrubado não pelos ex-amigos ou pelos novos aliados, mas pela própria hybris.
CULTURA
Alvim não foi derrubado pelos ex-amigos nem pelos novos aliados
Com o vídeo que incendiou as redes sociais, o objetivo do então secretário era causar — como se quisesse entrar para a História como esteta e salvador da cultura nacional —, mas ele acertou o próprio pé
Claudia Laitano
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