
Esporte que mais medalhas deu ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos, o judô viveu dias agitados, na última semana no Rio de Janeiro. Além de o país confirmar sua superioridade na Copa Pan-Americana júnior, onde ganhou todas as medalhas de ouro em disputa, e levar 11 ouros no Open Pan-Americano, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) passou por mais um processo eleitoral.
A eleição teve chapa única e o novo presidente da entidade é um velho conhecido. Paulo Wanderley Teixeira, derrotado na tentativa de um novo mandato no Comitê Olímpico do Brasil (COB) em outubro passado, foi reconduzido por unanimidade ao cargo que ocupou na CBJ entre 2002 e 2016, quando foi eleito vice-presidente do COB na chapa de Carlos Arthur Nuzman, que viria a ser destituído após denúncias de corrupção.
Com a saída do ex-dirigente do vôlei, que chegou a ser preso, Paulo Wanderley assumiu o COB interinamente em 2017 e posteriormente foi reeleito, permanecendo no comando da entidade até janeiro de 2025.
Otimismo no retorno
Paulo Wanderley é um dirigente à moda antiga. Centralizador, mas de bom trato e que busca sempre ter consenso em seu entorno. Foi assim que dirigiu a CBJ e posteriormente levou essa forma de trabalhar para o COB, que inegavelmente teve um grande crescimento esportivo e financeiro sob seu comando. Por isso, é de se esperar que ele mantenha esse ritmo em seu retorno à CBJ.
Técnicas mulheres

O judô brasileiro se acostumou com a inquieta e obstinada Rosicleia Campos no comandando a seleção feminina. Nos últimos anos, após sua saída, Andrea Berti e Sarah Menezes passaram a ocupar o posto.
A fórmula da experiência de ex-atletas que se tornaram senseis foi aprovada e a CBJ anunciou que duas ex-atletas olímpicas, a gaúcha Maria Portela e a brasiliense Erika Miranda sãs as novas treinadoras das seleções juvenil e júnior, respectivamente.
Sem dúvida a escolha é perfeita e tanto Maria quanto Erika tem muito a trazer para a formação dos novos atletas brasileiros de judô. Experientes e vencedoras, elas devem dar continuidade a dinastia brasileira nos tatames.