O esporte brasileiro definitivamente ganhou um novo ídolo. Tratado como promessa, o queridinho do momento no mundo do tênis, o carioca João Fonseca atingiu a maioridade esportiva nesse domingo (16) ao vencer o ATP 250 de Buenos Aires, em uma semana mágica, onde quatro de seus cinco rivais eram tenistas da casa.
Mas João tem a frieza e a maestria dos grandes campeões nos momentos mais duros. Com uma força mental impressionante, ele não se abala mesmo perdendo o saque quando está a quatro games do título ou salvando match points em um jogo praticamente perdido ou ainda quando é necessário superar a dor para conquistar a vitória. E todos esses elementos foram percebidos nos últimos dias na Argentina.
Ver João Fonseca em quadra será um privilégio cada vez maior para quem é amante de esporte. E para os brasileiros é o nascimento de uma estrela. Em um país carente de ídolos, caberá a João dividir um espaço com Rebeca Andrade, quem sabe hoje o principal nome do esporte nacional.
Mas deve ficar claro que Fonseca não é imbatível e que ele perderá jogos, assim como vencerá torneios de maneira espetacular como ocorreu em Buenos Aires.
O primeiro teste para esse status começará nesta semana, no Rio de Janeiro, quando ele disputará o Rio Open. Um ATP 500 que tem o número 2 do mundo, o alemão Alexander Zverev, e outros jogadores de reconhecido talento. A pressão vai existir. Mas tudo que se ouve sobre ele é que está preparado para isso e muito mais.
Em quadra não resta dúvida sobre o seu potencial e onde ele poderá chegar. Rapidamente chegará ao grupo dos 10 melhores e posteriormente estará brigando por posições ainda melhores e até mesmo almejando o posto de número 1, que é seu grande objetivo.
Para quem viu Gustavo Kuerten pela TV e in loco, será uma semana incrível acompanhar João Fonseca em seu quintal, na sua cidade e ao lado dos seus. Serão dias de aprendizado para ele e para quem vai torcer por ele.
O Brasil viverá nova febre de tênis, o chamado fonsequismo, todos fonsequizados. Que o carisma e a alegria desse carioca de 18 anos sirva para angariar novos tenistas, ampliar o gosto do brasileiro pelo esporte.
O futuro do tênis tem nome e sobrenome e eles são bem brasileiros: João Fonseca.
