Pergunta: Mauro Lucian, de Boa Vista do Sul, na Serra
Responde: Cesar Poli, professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Apesar de existirem pastos, como cornichão e pega-pega, que apresentam tanino e que podem favorecer uma menor infecção com vermes gastrintestinais, observa-se que o manejo da pastagem tem um maior efeito no controle da verminose do que o tipo de pasto.
Ovinos não se dão bem nem em pastagens muito altas, nem muito baixas. As muito baixas favorecem os animais a ingerirem larvas infectantes próximas do solo. As muito altas promovem a manutenção de maior umidade, favorecendo a sobrevivência de larvas infectantes de vermes. Além disso, o manejo inadequado faz com que os animais ingiram uma dieta de pior qualidade, tornando-os mais susceptíveis a doenças. Recomenda-se que as pastagens de inverno para ovinos, como azevém, sejam mantidas em altura entre de 10 e 15 centímetros. Em pastagens de verão eretas, deve-se manter altura de 15 a 20 centímetros para cordeiros e de 25 a 30 centímetros para ovelhas adultas.
O campo nativo deve ser mantido por volta de 10 centímetros. No manejo, também é importante controlar a densidade de ovinos por área. Quando se tem uma lotação muito elevada, os animais acabam ingerindo mais larvas infectantes. O uso de bovinos e equinos pode ajudar no controle do manejo do pasto e na redução da verminose ovina.