Dentro da projeção estabelecida de chegar a um consenso ainda em outubro, a Marfrig finalizava nesta quinta-feira resposta às propostas apresentadas pela mesa de negociação coordenada pelo governo estadual para a manutenção plena das atividades do frigorífico no Rio Grande do Sul.
- Na esfera política, já se encerrou a negociação. Agora é mais a parte técnica - afirma uma fonte da empresa.
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Muita coisa foi debatida, envolvendo diferentes aspectos e setores ligados à indústria.
Foi desde a oferta de gado até a questão trabalhista.
A Marfrig apresentou sua lista de sugestões - de curto, médio e longo prazos - e o governo fez as concessões que julgou pertinentes e possíveis neste momento.
Na iminência da suspensão das atividades na unidade de Alegrete, onde trabalham 680 funcionários, questões mais estruturais e antigos pedidos acabaram sendo retomados.
Nesta semana, os trabalhadores não aceitaram proposta de flexibilização de horas, de banco de horas e de pagamento pelo tempo destinado à troca de uniforme.
- Não acredito que essas questões sejam determinantes para o fechamento da unidade - avalia Marcos Rosse, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Alegrete.
Desses três pontos, o único em que os trabalhadores consideram avaliar é o da chamada troca de uniforme.
A verdade é que, a partir de agora, cabe única e exclusivamente à Marfrig bater o martelo sobre o que irá fazer.
É uma decisão empresarial, que passa pelas operações centrais e envolve ainda fatores de mercado, que não dependem das negociações feitas.
A diretoria da empresa só deve se reunir a partir de 10 novembro, já que um dos executivos estará em viagem na próxima semana. Mas o veredito não deve passar do mês de novembro.