
A obtenção do selo de Sustentabilidade da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack (ABA) é a colheita de uma "safra" preparada há 50 anos pela Fazenda Pulquéria, de São Sepé. Com a adoção de boas práticas no DNA, a propriedade de 1,8 mil hectares onde são criados bovinos de raças britânicas e suas cruzas , vê o trabalho de anos coroado pelo reconhecimento obtido após rigorosa auditoria.
— A construção na sustentabilidade não é de hoje, faz parte da nossa história e da nossa maneira de ver o mundo. O selo traz uma credibilidade para tudo que estamos fazendo — avalia a veterinária Fernanda Costabeber, que toca a propriedade ao lado do pai, Fernando Costabeber, e do marido, André Casali.
Lançado em 2019, o selo de Sustentabilidade ganha a primeira certificação no Estado, que chega de forma emblemática, entende o gerente gerente do programa, Maychel Borges, por ser concedido a uma propriedade situada no bioma Pampa:
— Agora, fica comprovado para todo o Brasil o quão sustentável é a forma de produzir carne no Rio Grande. A Pulquéria abre as portas para as demais fazendas gaúchas aderirem, produzindo com alta eficiência e entregando as práticas necessárias para chegarem ao selo.
Para receber a certificação, há uma série de requisitos que precisam ser preenchidos para que sejam atestadas as boas práticas ambientais, sociais e econômicas. E precisa ser renovada anualmente. A auditoria é externa, feita pela empresa alemã Tüv Rheinland.
— A sustentabilidade é um caminho sem volta, de consciência. Quem aprende a trabalhar com ela a seu favor, vê que gera muito resultado na propriedade. Não vejo propriedade de futuro sem estar pensando na sustentabilidade de agora — completa Fernanda, sobre a importância das boas práticas.