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Sean Baker venceu o Oscar de melhor direção na noite deste domingo (2), por seu trabalho em Anora. O cineasta recebeu a estatueta das mãos de Quentin Taratino, na 97ª edição da cerimônia, no Dolby Theater, em Los Angeles.
Além de Sean Baker, a categoria de melhor direção contava com Brady Corbet (O Brutalista), James Mangold (Um Completo Desconhecido), Jacques Audiard (Emilia Pérez) e Coralie Fargeat (A Substância).
No discurso, Baker fez uma defesa apaixonada do cinema enquanto experiência. O diretor incentivou as pessoas a frequentarem mais as salas, lembrando que milhares delas fecharam por conta da pandemia:
— Os filmes precisam ter um intervalo de lançamento nos cinemas, como o nosso teve. É preciso formar a nova geração de pessoas que amam cinema.
Acumulando cinco prêmios do Oscar, Anora foi o grande vencedor da noite. Além de melhor direção, o longa recebeu as estatuetas de melhor atriz, melhor roteiro original, melhor montagem e melhor filme.
Excluídos do "sonho americano"
Um dos nomes de destaque do cinema independente contemporâneo dos Estados Unidos, Sean Baker se notabilizou por longas como Tangerine (2015) e Projeto Flórida (2017).
Costumeiramente, as histórias de Sean Baker abordam personagens à margem da sociedade, excluídas do chamado "sonho americano" — o que também é discutido em Anora.
Anora acompanha uma jovem stripper que engata um improvável romance com o filho de um oligarca russo. Tudo é prazeroso e alardeado na relação, com um clima de festa que parece durar 24 horas. Porém, a história de Cinderela fica caótica quando a união dos dois não é aprovada pela família do rapaz.