O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar (Senasa) afirmou que há a formação de um novo agrupamento de gafanhotos em solo argentino. Agentes do país vizinho indicam que a nuvem que estava na província do Chaco teria se desmembrando em duas, somando-se, assim, aos enxames de Formosa, Salta e Entre Ríos.
Segundo Juliano Ritter, fiscal agropecuário estadual, não há informações precisas sobre o tamanho dos enxames. Além disso, a localização da maioria deles está difícil de ser mapeada:
— As autoridades argentinas dizem que as nuvens são grandes, mas não a mensuram com exatidão. A posição delas no mapa é outra incógnita, porque elas estão em pontos de difícil acesso e os fiscais não conseguem alcançá-las. Sabemos que um dos enxames do Chaco está a 530 quilômetros da fronteira com o Estado e que o agrupamento de Entre Ríos segue a 98 quilômetros de Barra do Quaraí.
O especialista afirma que os insetos de Entre Ríos já não são considerados uma nuvem, por estarem espalhados. Neste final de semana, foi encontrado nesta localidade um agrupamento em eucaliptos, que passou a ser controlado de forma terrestre com pulverizadores costais. Contudo, apesar de dispersos, eles ainda causam preocupação por estarem próximos do Rio Grande do Sul e em um número ainda desconhecido:
— Além disso, o calor previsto para esta semana, na Argentina, pode provocar o reagrupamento dos gafanhotos e fazer com que eles voltem a se movimentar.
Em relação à nuvem do Chaco, Ritter afirma que ela andou cem quilômetros no domingo (2).
— E ela deve permanecer neste ritmo de voo porque há previsão de calor para toda a semana na Argentina. A princípio, o vento tenderá a afastá-la do Brasil, mas não temos como prever se irá realmente acontecer porque, por exemplo, o agrupamento do Entre Ríos voou contra o vento neste final de semana. Por isso, temos que monitorar e ficarmos atentos — pontua.