
A Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão auxiliando a investigação da Polícia Civil sobre a briga entre torcedores colombianos do Atlético Nacional, na madrugada de sexta-feira (11), em Porto Alegre, que resultou em duas mortes. As corporações colaboram fazendo barreiras em aeroportos e rodovias para tentar identificar e deter suspeitos de envolvimento no caso, que aconteceu no bairro Cidade Baixa.
— A PF, a partir da madrugada de sexta, começou a nos auxiliar de maneira importante nessa operação de bloqueio para tentar a captura de suspeitos. A PRF também se colocou à disposição, inclusive com abordagens de ônibus. Mantemos algumas informações em sigilo, mas o foco é identificar e impedir que saiam do Brasil — afirma o delegado Mario Souza, diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.
Os torcedores mortos são Alejandro Lopera Zuluaga e Victor Manuel Velásquez Cartagena, ambos de 27 anos. Na noite de quinta-feira (10), o Atlético Nacional jogou contra o Inter, no Beira-Rio, em jogo válido pela Copa Libertadores da América.
Após a partida, aconteceram vários conflitos entre os torcedores do time colombiano. A confusão se estendeu pela madrugada de sexta. A briga fatal aconteceu em torno das 3h30min da manhã.
— Foram diversas brigas. A confusão entre eles foi tamanha que levamos cerca de quatro horas para identificar o vídeo exato da briga que resultou na morte do primeiro agressor (Alejandro) — diz Souza.
Na origem, o torcedor identificado como Alejandro atacou Victor com golpes de faca. Depois, em uma possível represália, um grupo que tinha entre oito e nove torcedores colombianos perseguiu Alejandro. Ele tentou entrar em uma lancheria, que estava baixando a cortina de ferro, nas proximidades da Rua João Alfredo, mas os agressores conseguiram puxá-lo para fora.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Alejandro é espancado, inclusive com uso do que aparenta ser uma barra de ferro. O homem foi golpeado por cerca de um minuto e 30 segundos.
Alejandro, que foi o agressor original da história, acabou morrendo primeiro, ainda na madrugada. Victor, que havia sido esfaqueado, faleceu na noite de sexta-feira, quando estava no Hospital de Pronto-Socorro (HPS).
— O primeiro ato está esclarecido e encerrado. O responsável (Alejandro) morreu. Estamos focados em prender os envolvidos no segundo ato — diz o delegado Souza, citando os homes que perseguiram e espancaram o torcedor.
A Polícia Civil destaca que informações sobre o caso podem ser transmitidas pelo disque denúncia do DHPP: 0800 642 0121. O serviço é gratuito e anônimo.