
A derrota para o Flamengo, no domingo (13), só aumentou o ambiente de dúvidas sobre o trabalho de Gustavo Quinteros no Grêmio. Vaias na Arena, e contestações externas da torcida, elevaram a pressão na direção gremista por mudanças. Por ora, a manutenção do técnico está garantida.
Um resultado da confiança do departamento de futebol no trabalho do argentino e sua comissão técnica. Mesmo assim, será preciso transformar o discurso de busca por evolução em realidade. Algo que ainda não aconteceu.
Nas manifestações feitas por dirigentes, Quinteros ganhou respaldo de seu trabalho. Após a derrota para o Flamengo, o vice de futebol Alexandre Rossato negou de forma enfática a possibilidade de troca de técnico neste momento.
— Não tem nenhuma possibilidade de mudança de treinador. Único prazo que temos com a comissão técnica é o contrato de um ano. Seguimos em busca de ajustes para um melhor resultado — declarou Rossato.
Experientes defendem Quinteros
Mas algumas das entrevistas da noite de domingo chamaram a atenção. Braithwaite e Edenilson, dois jogadores experientes, colocaram no grupo de atletas a responsabilidade pelo futebol pobre apresentado nos últimos jogos. O centroavante foi direto em assumir os erros em decisões dentro de campo.
— Ele (Quinteros) não está pedindo para jogar direto. Somos nós, jogadores, que tomamos essa decisão dentro de campo. Não quero dizer que é culpa do treinador. Somos nós que estamos ali. Temos que melhorar — afirmou o dinamarquês.
No caso de Edenilson, o meio-campista falou na zona mista da Arena que os problemas do time não passavam pelas decisões da comissão técnica. Que os jogadores precisavam assumir a responsabilidade pelos problemas de execução.
— Fizemos um jogo muito ruim, infelizmente parece que tudo que a gente planeja, não conseguimos executar dentro do campo. E isso é culpa de todos. Eu vejo gente falando do treinador, dos treinos, mas é hora da gente se cobrar um pouco mais — disse Edenilson.
Falta de confiança do time
Ex-jogador e ex-técnico, Cláudio Duarte já viveu situações como a que o Grêmio enfrenta agora. Seja de chuteiras ou na beira do gramado, Claudião entende que o momento é delicado.
— O mais importante nesta hora é o tamanho da certeza que as pessoas tinham quando montaram o projeto. Se não foi feito com muita confiança, o problema irá aflorar. Se foi pensado com cuidado, tem que suportar. O futebol muda tudo de uma hora para outra. De fora, só assistindo aos jogos, é um time que está perdendo a confiança. Noto que os jogadores estão perdendo isso. As tomadas de decisão acabam sendo mais nervosas. Isso não é saudável — analisa.
De quem quer que seja a maior parcela de responsabilidade, o Grêmio precisa de respostas. E rápido. Mesmo que o jogo desta quarta-feira (16) contra o Mirassol ainda não deve causar mudanças em caso de derrota, o resultado do Gre-Nal deste sábado, pelo Brasileirão, na Arena, decidirá o que será a sequência deste ano.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.