
Uma reunião na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) discutirá qual será a estratégia legal da instituição no caso do estudante suspeito de praticar apologia ao nazismo antes de uma formatura. O caso está sendo investigado pelas polícias Civil e Federal.
Uma das discussões é a possibilidade de suspender a emissão do diploma de Vinícius Krug de Souza, 28 anos, formando do curso de Engenharia de Minas, que, na terça-feira (17), estava com uma suástica pintada no rosto antes da cerimônia.
Para Zero Hora, ele negou o crime, disse que o símbolo foi uma alusão ao hinduísmo e assegurou repudiar discriminação.
O encontro na UFRGS estava marcado para às 16h desta sexta-feira, mas foi transferido para a próxima segunda (24). A reunião terá a participação da reitora da universidade, Marcia Machado, e Márcia Debona, procuradora-chefe da instituição. A anulação do diploma do aluno foi solicitada por meio de um ofício do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Como está a investigação
A Polícia Civil instaurou inquérito para averiguar o caso na quarta-feira (19). Responsável pelo caso, a delegada Tatiana Bastos, da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), informou que duas testemunhas da universidade estão agendadas para prestar depoimentos: o vice-reitor Pedro Costa e o coordenador de segurança Mozarte Simões da Costa Junior.
Segundo ela, a oitiva do estudante ocorrerá apenas no final do inquérito policial, após a produção da prova testemunhal e análise documental.
O deputado estadual Leonel Radde (PT), que registrou boletim de ocorrência do caso, já foi ouvido pela investigação.
Na quarta-feira, a UFRGS registrou o caso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Porto Alegre, que também conduzirá uma investigação.
A reportagem questionou como está o andamento da apuração, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.