Um homem foi preso, na noite deste sábado (11), após manter a ex-companheira em cárcere privado dentro de uma residência no bairro São José, na zona leste de Porto Alegre.
A ocorrência teve início no começo da tarde, e o homem — que não teve o nome divulgado — se entregou à polícia por volta das 19h30min.
A vítima resgatada passa bem. Ela sofreu escoriações leves durante o período em que esteve sob controle do agressor, que a ameaçava com uma faca, segundo informações preliminares da Brigada Militar.
Ainda conforme a polícia, os dois estão separados há três anos e existe uma série de ocorrências e medidas protetivas da mulher contra o homem em um passado recente.
Em um primeiro momento, o caso foi atendido por policiais do 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que iniciaram a tentativa de rendição do homem e a libertação da vítima. O homem demonstrou comportamento agressivo e fez uma série de ameaças contra a ex-parceira ao longo da tarde.
Em seguida, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) assumiu as negociações e conseguiu a rendição do homem no início da noite.
O caso será apresentado no plantão da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) após o atendimento médico das partes, conforme a diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher, delegada Cristiane Ramos.
Histórico de medidas protetivas
O caso deste sábado ocorre após uma série de ações da mulher junto às autoridades na busca por proteção.
Todas as ocorrências e medidas protetivas da vítima contra o ex-companheiro foram registradas na Deam de Viamão e tramitaram nessa comarca, segundo a diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher. Atualmente, não havia medida protetiva ou inquérito policial em vigor no âmbito da vítima, de acordo com a delegada Cristiane Ramos.
A ultima medida protetiva foi solicitada em abril de 2024 e vigorou até outubro. Em agosto, a mulher registrou uma nova ocorrência de ameaça contra o ex-companheiro, mas, como já tinha uma medida em vigor, não foi solicitada uma nova.
Em outubro, ela informou suposto descumprimento das medidas, mas o Ministério Publico entendeu que não houve crime, porque o homem contatou terceiros e não a vítima diretamente e esse procedimento foi arquivado.