Há cinco meses, quase diariamente, Francisca da Silva Rocha, 48 anos, sai de casa, em Parauapebas, a 706 quilômetros de Belém, no Pará, para cumprir o mesmo percurso: seguir até o Cemitério Jardim da Saudade. Ali permanece por horas, junto à sepultura da filha Laila Vitória Rocha Oliveira, 20 anos. Rega com zelo as flores, acende velas e quebra o silêncio, deixando tocar as músicas favoritas da jovem. A primogênita, de cabelos escuros e sorriso largo, adorava dançar. Vaidosa, cuidava de si mesmo e da mãe.
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