O autor do disparo que matou Junio Eduardo da Silva durante uma briga de cachorros de amigos em um bar, na noite de 22 de julho, na Lomba do Pinheiro, foi indiciado por homicídio doloso — com intenção de matar. Além do homicídio consumado, Manoel Cristiano Conceição Soares foi enquadrado por tentativa, por conta de outro tiro, que feriu o dono de um dos animais que se desentenderam, Osvaldo Moraes.
Soares responderá, ainda, com qualificadoras, já que no entendimento da titular da 1ª Delegacia de Homicídios, Isadora Galian, o atirador não deu chance de defesa para as pessoas que foram atingidas. O homem não tem porte de arma e seguia detido desde a noite do fato, quando auxiliou no socorro às duas vítimas.
Na noite daquela sexta-feira, os três bebiam em um bar próximo à parada 19 da Lomba do Pinheiro, zona leste da Capital, quando Soares chegou ao local com seu cão da raça pitbull. Moraes também estava acompanhado de um mascote, sem raça definida, que, segundo a investigação conduzida pela delegacia, começou a ser provocado pelo tutor do cachorro maior.
Quando os animais se estranharam e começaram a brigar, Soares sacou a arma e disparou três vezes. A primeira bala entrou no peito de Junio, que não resistiu aos ferimentos e morreu. A segunda atingiu de raspão o rosto de Osvaldo, que foi atendido no Hospital de Pronto Socorro e liberado durante a madrugada, enquanto a terceira foi em direção aos animais, que escaparam ilesos.
— A mãe do autor dos disparos conta que tentaram envenenar o pitbull dele. É importante ressaltar que nenhum dos animais, independentemente das raças, tem culpa do que aconteceu — destaca a delegada Isadora.
Segundo a delegada, Soares foi preso em flagrante e, em depoimento, preferiu permanecer em silêncio.