Foi preso, na noite desta sexta-feira (30), um homem de 22 anos suspeito de envolvimento no homicídio do empresário Jair Silveira de Almeida, 53 anos. Almeida foi morto por engano após ser baleado dentro de uma Range Rover que havia pegado emprestado com um sócio — que era o alvo dos criminosos, de acordo com a Polícia Civil. O crime ocorreu em 31 de outubro de 2019, no bairro Anchieta, em Porto Alegre. Cinco dos seis indiciados pelo crime já haviam sido detidos em outras ocasiões.
O suspeito preso foi localizado em uma casa em Gravataí, na Região Metropolitana, durante uma ação de combate ao tráfico de drogas. Com o homem, foi apreendido um revólver, munições de diversos calibres, carregadores, uma CNH falsa, 50 buchas de cocaína e uma balança de precisão.
De acordo com a polícia, no momento da abordagem, o suspeito tentou se passar por outra pessoa, apresentando a CNH falsa. No entanto, ele foi identificado como um dos suspeitos do homicídio, que estava foragido desde 2019. Além do mandado de prisão pelo assassinato, o homem foi preso por posse irregular de arma de fogo, uso de documento falso e tráfico de drogas.
Outro homem que também teria envolvimento no crime foi preso em Santa Catarina neste ano.
Conforme o diretor da Divisão de Investigações do Narcotráfico (Dinarc), Carlos Wendt, após a prisão do primeiro suspeito envolvido no homicídio, o homem preso nesta noite se tornou uma das lideranças de uma facção criminosa que tem origem no bairro Bom Jesus, na Capital, com forte atuação na região de Cachoeirinha e Gravataí.
— É um criminosos de alta periculosidade, com diversos antecedentes pela prática de homicídios e tráfico de drogas.
Conforme a polícia, o carro em que Almeida estava foi atingido por pelo menos 11 disparos, em frente a uma clínica terapêutica que funciona em imóvel do qual ele era proprietário. O veículo pertence a um sócio do empresário, o verdadeiro alvo dos criminosos, devido a uma dívida milionária, segundo a investigação.
O verdadeiro alvo dos criminosos foi indiciado por estelionato e lavagem de dinheiro pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), no final do ano passado, de acordo com a polícia.
Almeida havia pego o carro emprestado porque estava com seu veículo na oficina para conserto. A Range Rover foi atingida com pelo menos 11 disparos.
A ação desta sexta integra a estratégia da Polícia Civil de intensificar a presença do Estado em áreas conflagradas em razão do tráfico de drogas. A prisão foi realizada pela 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (3ª DIN), do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).