O estoque de armas envolvidas em crimes que aguardam perícias no Rio Grande do Sul caiu de 1,1 mil, em dezembro de 2018 para 267 em outubro deste ano. A redução de 78% ocorre, segundo o Instituto Geral de Perícias, por ajustes nas cargas de trabalho dos servidores e gerenciamento de horas extras para priorizar esse tipo de serviço.
As perícias são feitas para identificar armas usadas por criminosos, em sua maioria com numeração raspada. Conforme o IGP, em 2018, o tempo para a perícia demorava até quatro meses. Agora, o trabalho é feito em no máximo um mês.
— Alteramos algumas rotinas de trabalho, com aumento de produção individual, além do gerenciamento de horas extras focado na redução do estoque da seção. Com isso, houve significativa redução do estoque, em patamares próximos à demanda de novas solicitações mensais — disse a Diretora do Departamento de Criminalística, Sheila Wendt.
A perícia é feita com base nos chamados exames químicos-metalográficos, também usados na identificação de chassis adulterados.
O estoque para exames de balística, no entanto, segue com número alto no Estado, conforme a diretora do IGP. No entanto, por questões de segurança, esses dados não são divulgados. Esse tipo de teste ocorre, entre outras coisas, para descobrir se uma determinada arma realmente disparou um específico projétil. Por ser mais complexo, uma única perícia desse tipo pode demorar de um a dois meses para ser concluída.