
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terça-feira (2), dois suspeitos de terem participado de um ataque a banco e da tentativa de homicídio de policiais em setembro de 2017 em Arambaré, no sul do Estado. As prisões ocorrem nas cidades de Caxias do Sul, na Serra, e em Guaíba, na Região Metropolitana.
Em Caxias, os policiais também fazem buscas a mais um suspeito, que até o início da manhã não havia sido localizado. Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de prisão, sendo que três alvos já estão presos por outros crimes — um deles na cidade da Serra e outros dois no complexo prisional de Charqueadas.
A ofensiva também cumpre 17 mandados de busca e apreensão de materiais, como celulares e documentos, que poderão auxiliar na investigação de possíveis crimes relacionados, como lavagem de dinheiro.
Ataque em Arambaré
Na Serra, foi preso preventivamente William Cardoso Boeira, 28 anos. Conforme a polícia, ele tem antecedentes por roubo qualificado, receptação, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Em Guaíba, foi preso um investigado de 37 anos. Por se tratar de prisão temporária, não foi divulgado o nome do suspeito, que tem antecedentes por receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Ao todo, a polícia acredita que pelo menos 10 pessoas tenham envolvimento no ataque em Arambaré, mas alguns suspeitos ainda não foram identificados. Na ocorrência, criminosos armados explodiram a agência do Banrisul da cidade, por volta das 4h30min de 5 de setembro de 2017.
De acordo com a investigação, a quadrilha utilizou pelo menos três carros e, na fuga, parte do grupo entrou em confronto com policiais militares entre Arambaré e Tapes. Uma viatura foi atingida por tiros, mas nenhum policial foi ferido na ocasião.
Conforme o titular da delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), João Paulo de Abreu, a participação dos alvos dos mandados nesta terça em outros crimes também é apurada, mas não há nenhuma conclusão sobre o possível envolvimento deles em outros ataques.
Operação Asfixia
Trinta e sete policiais participaram da operação desta terça-feira. A ofensiva foi denominada de "Asfixia", conforme a Polícia Civil, em função da busca incessante em desarticular organizações responsáveis por crimes de roubos e furtos com emprego de explosivos.
Segundo a polícia, há integrantes desses grupos que ainda estão em liberdade, outros já estão presos e outros morreram em confrontos. Ainda de acordo com levantamento da corporação, neste ano foram registrados oito furtos e roubos com emprego de explosivos no Estado, contra 21 no mesmo período de 2018 e 22 casos em 2017.
A polícia pede o auxílio da população para denúncias, que podem ser feitas por telefone para o número 0800-51-282 e WhatsApp (51) 98414-7814.