Está marcado para esta terça-feira (12), às 9h30min, o júri de Ariosto da Rosa, o homem que confessou ser autor da chacina de Pinhal Grande, que aconteceu em novembro de 2016. O julgamento será em Júlio de Castilhos, presidido pelo juiz Ulisses Drewanz Gräbner.
Conforme o advogado Daniel Tonetto, assistente de acusação, Ariosto é acusado quatro vezes por homicídio e uma por estupro. Em cada um dos homicídios há o agravante de duas qualificadoras: motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A pena, em cada um dos casos, varia de 12 a 30 anos. No caso de estupro, a pena fica entre seis e 10 anos de prisão, tendo o possível aumento de 25% por conta da relação de parentesco entre vítima e acusado — a vítima era a enteada do acusado. Com isso, a pena de Ariosto pode passar de 130 anos.
O réu confessou os crimes à polícia, e alegou motivos pessoais para ter matado cada uma das vítimas. Em 29 de novembro de 2016, o homem matou a enteada, Bianca Moraes de Salles, de 16 anos, na propriedade rural dele. Depois, seguiu pela estrada e matou Alex Cardoso Leal, de 17 anos, e Iran Gonçalves dos Santos, de 10 anos, filhos de pessoas com quem tinha desavenças. Por fim, o homem foi até outra localidade do município e matou o idoso Afonso Gonçalves, de 60 anos, com quem havia discutido no passado. Ele fugiu após cometer os crimes e só foi localizado 20 dias depois, já em dezembro de 2016, no interior de Dona Francisca. Ariosto está preso desde então.