Não foi possível aos estudantes do Colégio Estadual Ildo Meneghetti, no bairro Restinga, na zona sul de Porto Alegre, retomar as aulas normalmente como em toda a rede estadual. A manhã desta segunda-feira, na instituição que atende pelo menos 1,7 mil alunos nos três turnos, foi marcada por reuniões entre a direção, os estudantes e os pais. As salas de aula que os receberam eram o retrato do que o vandalismo deixou pelo caminho.
A escola foi alvo de 14 ataques somente neste início do ano. O último episódio violento aconteceu no final de semana, quando um casal foi flagrado saindo da escola com objetos furtados. Eles foram presos.
Não há lâmpadas em praticamente nenhuma das salas de aula e algumas dessas instalações estão tomadas por tinta, armários arrebentados, mobiliários quebrados e paredes riscadas.
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– Nós estamos usando o dia para mostrar aos nossos alunos essa nossa triste realidade. Essa é a nossa escola e o que fizeram com ela – diz a diretora, Carla Guimarães.
Durante o encontro, alguns pais choraram. E a maior parte dos estudantes já se preocupa com o que está por vir.
– O nosso ensino no ano passado já foi horrível, foram dois meses sem aula. E agora é isso. Estamos sem aula de novo porque estragaram tudo – lamenta o estudante do Jordan Lacerda, 17 anos, do 2º ano do ensino médio.
Vandalismo
Alvo de vandalismo 14 vezes este ano, escola tenta retomar aulas em Porto Alegre
Alunos foram recebidos na manhã desta segunda-feira na escola Ildo Meneghetti, no bairro Restinga, para uma reunião. As salas de aula ainda estavam vandalizadas
Eduardo Torres
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