No mês do Setembro Verde, que tem como objetivo conscientizar a população da importância de se declarar um doador, veja quais órgãos podem ser doados e em que casos.
Como ser doador
O ideal é manifestar a vontade de doar e informá-la à família. Não adianta deixar o desejo expresso por escrito nem um registro – mesmo gravado em vídeo ou declarado em uma rede social, por exemplo. A decisão final é dos familiares: são eles que definirão se e quais órgãos e tecidos serão doados.
Quando a doação é possível
Não é qualquer tipo de morte que viabiliza a doação. Para que os órgãos possam ser transplantados, é preciso que sejam retirados enquanto o coração ainda bate artificialmente – o que só é possível em casos de morte encefálica, quando todas as funções do cérebro param de maneira completa e irreversível. Essa é a definição legal de morte. Quando cessam todas as funções neurológicas, o organismo é mantido “vivo” com a ajuda de aparelhos. Como ainda há uma pulsação e o corpo ainda está quente, há dificuldade de os familiares entenderem que aquela pessoa não vai voltar.
Quem pode e quem não pode doar
Há critérios de seleção destinados a impedir que órgãos pouco saudáveis sejam utilizados em transplantes. A idade não costuma ser um deles: crianças e idosos podem ser doadores, assim como qualquer pessoa que tenha tido a morte encefálica confirmada. Mas a causa da morte e o tipo sanguíneo do doador, entre outros fatores, ajudam a definir quais partes de um corpo poderão ajudar outras pessoas. No Brasil, só há restrição absoluta à doação de órgãos por parte de pessoas com aids, com doenças infecciosas ativas e com câncer.
Transplante de intervivos
Existem dois tipos de doação: de falecidos e de intervivos, que ocorre quando há duplicidade de órgãos, como rins, pulmões ou uma porção do fígado. O transplante é permitido entre familiares desde que não comprometa a saúde do doador.