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Uma pesquisa realiza em conjunto pelas universidades de Porto (Portugal), de Atenas (Grécia) e da College of London (Grã-Bretanha) afirma que introduzir hortaliças na alimentação das crianças nas duas primeiras semanas em que elas começam a comer pode ajudá-las a gostarem mais desses alimentos no futuro.
O estudo, publicado recentemente no British Journal of Nutrition, afirma que as crianças mais jovens são mais propensas a aceitar novos sabores em comparação a crianças mais velhas e também aos adultos. Essas observações foram feitas por meio da avaliação do impacto das recomendações alimentares para os bebês.
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Para a pesquisa, famílias com crianças recém-nascidas foram dividas em dois grupos. No primeiro, os pais foram orientados a dar uma porção diária de verduras e legumes aos bebês por duas semanas. Após esse período, a família deveria continuar alimentando os pequenos com esse tipo de alimento e ainda começar a oferecer frutas. Os pais do segundo grupo continuaram seguindo as orientações do governo de cada um dos três países.
Os dados mais surpreendentes são da Grã-Bretanha, onde o governo recomenda que se comece a introduzir alimentos oferecendo, juntamente com frutas, legumes e verduras, algum produto industrializado à base de cereais misturado ao leite. Verduras não costumam ser oferecidas aos bebês daquele país. Enquanto isso, em Portugal, a primeira alimentação costuma ser com legumes e verduras em sopas e papinhas.
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Na Grécia e em Portugal, os bebês dos dois grupos comeram porções semelhantes de frutas e hortaliças menos comuns, como purês de pêssego e papinhas de alcachofra. No entanto, na Grã-Bretanha, as crianças do primeiro grupo comeram quase o dobro de frutas e legumes menos comuns do que os bebês do outro grupo.
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A pesquisa indica que oferecer vegetais aos bebês cedo às crianças - e oferecer novamente se eles não aceitarem na primeira vez - pode contribuir para que os pequenos aceitem esses alimentos com mais facilidade no futuro. Entretanto, ainda são necessários mais estudos para saber se essa medida pode interferir também os hábitos alimentares para crianças mais velhas e até mesmo para adultos.