Anelise Bittencourt, professora de Administração, 28 anos
"Malhar, para mim, é como escovar os dentes"
Foto: Adriana Franciosi
Nas últimas semanas, a professora de Administração Anelise Bittencourt, 28 anos, foi testemunha da transformação da academia que frequenta, no bairro Bela Vista. Treinando "com consistência" há dois anos, independentemente da estação, passou a dividir os aparelhos com uma leva de novatos que podem considerá-la como um exemplo. Para Anelise, a prática de exercícios físicos está completamente incorporada à rotina - "é como escovar os dentes".
Durante o inverno, ela treinou duas vezes por semana, sempre às 7h, para manter o peso e a saúde. Porém, há dois meses, em uma conversa com o personal trainer, decidiu levar os exercícios ainda mais a sério. Pelo histórico de atividades físicas praticadas, a mudança não causou um grande impacto na rotina, mas fez diferença no espelho. E demonstra que, depois do primeiro passo que é incluir a atividade física no dia a dia, objetivos mais audaciosos podem ser buscados a longo prazo.
- Aumentei o peso e comecei a usar suplementos. O resultado vem muito rápido. Quero estar bem no espelho e de saúde - afirma.
Atualmente, Anelise treina três vezes por semana. E vê na malhação uma maneira de começar bem o dia.
- Trabalho durante o dia inteiro, e à noite, prefiro evitar. De manhã, te dá um pique. Eu entendo que essa é a maneira de eu despertar para o dia. Me dá a disposição e tranquilidade. No final do dia, após o trabalho, sei que estou com meu dever cumprido - afirma.
Marcelo Zander, 45 anos, médico ecografista
"É preciso aprender a administrar o tempo"
Foto: Emílio Pedroso
A atividade física sempre fez parte da vida do médico Marcelo Zander, 45 anos. Incentivado em casa, aos oito anos já havia praticado basquete, tênis, futebol e judô. Por saúde e recreação, experimentou outras modalidades. Porém, em certas épocas, com muitas atividades na agenda, ele chegou a sacrificar o sono a fim de não cair no sedentarismo.
- Eu chegava a acordar às 5h30min para fazer ginástica. Eu abdicava do sono, porque não podia abrir mão nem da família nem do trabalho. Tempo, você sempre acha. Tu tens 24 horas no dia, vai ter que administrar - afirma.
Zander reconhece que o estímulo recebido desde cedo pelos pais é essencial. O que para ele é natural, pode parecer um cenário distante para adultos que tiveram pouco contato com o esporte. Nesse caso, o conselho do médico é: pensem no amanhã, e não apenas no próximo verão.
A preocupação com o amanhã não quer dizer que, eventualmente, um hábito como a "vinoterapia" não possa ser incluído. Apreciador de vinhos, Zander costuma fazer degustações às sextas-feiras. E sem culpa.