Um encontro entre o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, deve trazer definições com relação à reivindicação por aporte estadual no sistema de saúde da Capital. A reunião está marcada para as 9h desta segunda-feira (24), no Centro Administrativo Municipal.
Na ocasião, o Estado deve apresentar novidades em relação ao pedido do município de aporte financeiro para desafogar o sistema de saúde de Porto Alegre. Também estarão presentes a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, e o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.
A reunião acontece em meio a uma mobilização política de cidades da Região Metropolitana, que dizem estar com seus sistemas de saúde sobrecarregados por pacientes que vêm de outros municípios.
No final da tarde deste domingo (23), todos os quatro hospitais de alta complexidade em Porto Alegre — Conceição, Clínicas, Santa Casa e São Lucas — atendiam mais pacientes na emergência adulta do que a capacidade operacional instalada. O pior quadro era no Clínicas, onde havia mais do que o dobro de pessoas atendidas. Em torno de metade dos usuários vinha de fora da Capital.
Na última terça-feira (18), os gestores municipal e estadual da Saúde se reuniram. O Estado acenou com a proposta de repassar R$ 8 milhões para financiar o término de obras nos pronto-atendimentos Bom Jesus e Lomba do Pinheiro, que permitiriam que os espaços fossem habilitados junto ao Ministério da Saúde como unidades de pronto-atendimento (UPAs) e, assim, recebessem verbas federais adicionais.
O município também demandou aportes mensais extras durante este ano, auxílio financeiro para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS), referência no atendimento de queimados, a criação de uma compensação financeira de atendimentos a pacientes que não são de Porto Alegre e a imposição de que municípios recebam de volta pacientes que não precisarem permanecer na Capital. Na reunião desta segunda, um dos pontos tratados deve ser o custeio do HPS.
