O economista Régis Feitosa Mota, de 53 anos, faleceu em decorrência do câncer no domingo (13). O cearense possuía uma síndrome hereditária rara chamada Li-Fraumeni, mutação genética que aumenta em 90% as chances do desenvolvimento de câncer.
Régis havia perdido três filhos com a mesma síndrome. Em 2009, a filha mais velha Ana Caroline, de 12 anos, foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda, que tem início na medula óssea. Ela conseguiu se curar, mas faleceu em 2022 com um tumor no cérebro que apareceu um ano antes.
Em 2016, o filho Pedro, de 17 anos, teve diagnóstico de um osteosarcoma, um tumor ósseo na perna. Ele veio a óbito em 2020, com este e mais quatro tumores, no pulmão, coluna torácica, coluna lombar e no cérebro. Por fim, a caçula, Beatriz, foi diagnosticada com leucemia linfóide aguda aos 11 anos, e faleceu um ano depois, em 2018.
O pai teve o diagnóstico de câncer em 2016 (leucemia linfoide crônica), um segundo em 2021 (de linfoma não Hodgkin, nas células do sistema linfático) e um terceiro neste ano (mieloma múltiplo).
“Descobrimos aí mais uma doença. Já tratamos leucemia, linfoma, não Hodgkin, que estão estabilizados. Mas a gente vem tratando, não estão curados. Dessa vez, descobrimos um mieloma múltiplo, que atinge inclusive os ossos", disse em um vídeo nas redes sociais para seus quase 900 mil seguidores.
Ele estava internado desde 31 de julho em Fortaleza (CE). Seu quadro clínico precisava melhorar para que conseguisse realizar um transplante de medula óssea. Foi Rogério Feitoso Mota, irmão de Régis, quem divulgou a morte do economista.
"Nosso guerreiro foi ao encontro dos filhos exatamente no dia dos pais. Que Deus o tenha, meu irmão! Te amamos muito!", publicou nas redes.