Mesmo sendo o terceiro Estado do país com maior número de médicos no Sistema Único de Saúde (SUS), o Rio Grande do Sul ainda tem 31 municípios sem a quantidade preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de um profissional para cada mil habitantes que necessitam exclusivamente da saúde pública. Os dados constam no estudo Perfil Geral da Geografia Econômica da Saúde no Brasil, produzido pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getúlio Vargas.
O menor percentual é de Pinheirinho do Vale, no norte gaúcho, com 4,5 mil habitantes, que tem o total de apenas três médicos, de acordo com o levantamento da FGV, sendo que dois deles trabalham para o SUS.
Ao todo, 58,4 mil médicos atuam pelo SUS no Estado. O número de profissionais é menor apenas do que o registrado em São Paulo (204 mil) e Minas Gerais (95 mil). Na média, o Rio Grande do Sul tem 6,6 médicos para cada mil habitantes que dependem do SUS. Só em Porto Alegre, são 16,4 médicos no SUS para cada mil habitantes. A média da capital gaúcha só fica atrás de Santa Cruz do Sul (16,71), Passo Fundo (18,41) e Faxinal do Soturno (41,06).
Segundo o estudo Demografia Médica no Brasil 2018, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina, as capitais dos Estados reúnem 23,8% da população e 55,1% dos médicos. O mesmo estudo aponta que a média nas capitais é de 5,07 médicos por mil habitantes. No interior, porém, o índice cai para 1,28 - quase quatro vezes menor.