As promessas são inúmeras, bem como os supostos tratamentos para aumento do pênis. No entanto, pesquisadores garantem que essas ofertas são ineficientes e arriscadas. Um levantamento publicado no periódico da International Society for Sexual Medicine revisou 17 estudos, analisando um total de 21 intervenções cirúrgicas e não-cirúrgicas em mais de 1,1 mil homens.
Ao jornal The Guardian, o urologista Gordon Muir, que participou da pesquisa, foi bem enfático:
— Esses procedimentos quase nunca devem ser feitos. Eles podem custar mais de 30 mil libras ou mesmo 40 mil libras (mais de R$ 150 mil), frequentemente o homem acaba com um pênis desfigurado e a taxa de satisfação não é maior que 20%.
Apesar de não encorajarem os homens a passar por esses procedimentos, os próprios autores identificaram que os estudos analisados eram pobres do ponto de vista de metodologia para seleção de pacientes e avaliação de resultados. Com isso, os pesquisadores concluíram que tais tratamentos de aumento de pênis em homens normais têm poucas evidências e baixa qualidade. Eles afirmam que tratamentos injetáveis ou cirúrgicos devem ser a última opção, pois são considerados antiéticos fora de ensaios clínicos.
Em março deste ano, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) emitiu um parecer sobre as ofertas de aumento do órgão na internet. Conforme a SBU, a maioria dos homens que procura esses procedimentos tem um pênis normal e sem anormalidades anatômicas. A instituição também reforçou que, atualmente, esses procedimentos ainda são experimentais e só podem ser realizados em instituições de ensino.
Utilizar essas técnicas que não possuem nenhuma comprovação científica podem acarretar em deformidades, disfunção erétil, perda do mecanismo de ereção, infecções e até depressão em decorrência da insatisfação com o tamanho do pênis.