Um impasse entre a prefeitura de Barra do Ribeiro e o Ministério da Saúde mantém fechado há 17 anos um prédio construído para servir como hospital regional no município do Sul do Estado. No local, camas, aparelhos para exames e para auxílios em cirurgias, além de leitos adultos e pediátricos, estão sem uso e expostos à ação do tempo.
A relação dos equipamentos que estão sem uso incluiu um aparelho de Raio-X, dois berços estufa, três berços pediátricos e 50 camas para pacientes adultos, algumas já estão enferrujadas. Há, também, uma sala de cirurgia que está fechada e, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, teve peças de aparelhos retiradas para manutenção de máquinas utilizadas no Pronto Atendimento de Saúde, que funciona anexo ao prédio.
De acordo com a prefeitura, a instalação foi inaugurada em 2000, porém, uma resolução da Anvisa que alterou as normas arquitetônicas para hospitais fez com que a instituição não abrisse as portas. Conforme a administração municipal, características dos acessos, camas, entre outros elementos do prédio não se enquadram às normas. A prefeitura, que pretendia realizar um convênio com instituições privadas para administração do hospital, viu esta possibilidade se tornar inviável.
Por ter sido construído com recursos do Ministério da Saúde, a solução encontrada foi abrir um processo junto à Divisão de Convênios e Gestão (Dicon) para receber auxílio financeiro. A situação, conforme o Secretário da Saúde, Paulo Clever , impossibilita a abertura do prédio.
– A população quer o hospital, mas é inviável para o município. Seria necessário aproximadamente R$ 3,5 milhões por mês para manter o hospital aberto – declarou
Clever afirma que já se reuniu com o ministro da saúde, Ricardo Barros, para discutir a situação no prédio. Ele afirma que haverá uma nova audiência em Brasília no final deste mês para discutir a situação.
A ideia da administração municipal é transformar o prédio em um complexo para atendimento de pacientes da região.