Cerca de dois meses após a retomada das cirurgias, o Hospital de Caridade de Canela ainda tem cerca de 150 pacientes na fila de espera por procedimentos. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Luciano Perotoni, uma parte desses pacientes ainda precisa passar por avaliação sobre a necessidade da intervenção cirúrgica. O serviço foi suspenso em 29 de março por causa da crise financeira que resultou no atraso no pagamento de médicos. Até então, erma cerca de 70 cirurgias por mês. Segundo Perotoni, a média atual é de 65% a 70% em relação ao praticado na época. Isso significa que são cerca de 20 procedimentos a menos por mês.
Foram retomadas os procedimentos de todas as especialidades que eram oferecidas: obstetrícia, ortopedia e cirurgia geral. Conforme o secretário, os contratos com médicos não estavam formalizados e, por isso, as contratações estão sendo revisadas.
Devido à crise que paralisou as cirurgias, a prefeitura decretou intervenção do hospital no dia 13 de abril. Depois, contratou o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) para fazer uma análise das condições da instituição. Um plano de ação foi entregue para avaliação do município e da Comissão de Intervenção, comandada pelo secretário da Saúde.
Perotoni destaca que a administração municipal já repassou mais de R$ 600 mil ao hospital e que aposta numa gestão eficaz para sanar os problemas.