O Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria, estendeu o prazo para as negociações que tentam manter o funcionamento da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A manutenção do serviço está garantida até o dia 6 de julho, quando uma reunião com o governo do Estado vai tratar de repasses financeiros para a instituição. A previsão anterior era de fechamento na próxima quinta-feira (30).
Nesta quarta-feira (29), a direção do hospital vai a Porto Alegre para um encontro na Secretaria de Saúde do Estado. Desde a semana passada, a continuidade do atendimento tem pautado uma série de reuniões entre poder público municipal, representantes da instituição e até a iniciativa privada e entidades locais.
Na segunda-feira (27), nove prefeitos integrantes da Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra (Amucser) decidiram aumentar em R$ 70 mil o repasse mensal ao hospital. O rateio será conforme o uso dos serviços de cada cidade. O acordo tem validade até o final deste ano.
Segundo o prefeito de Vacaria, Elói Poltronieri, esse será um esforço das prefeituras que terão de mexer no orçamento em um ano de dificuldades para as finanças municipais. De acordo com ele, essas prefeituras já destinam cerca de R$ 600 mil por mês ao hospital. No entendimento de Poltronieri, é preciso que o Estado mobilize recursos para que os 10 leitos da Unidade possam continuar abertas.
Segundo a assessoria de imprensa da instituição, a destinação de mais R$ 70 mil por mês não garante o funcionamento permanente da UTI porque o déficit é muito superior. O Hospital Nossa Senhora de Oliveira reclama a suspensão do Incentivo de Cofinanciamento da Assistência Hospitalar (IHOSP), que era de R$ 250 mil mensais. O benefício, que complementava a tabela SUS, deixou de ser pago em dezembro de 2014 pelo Governo do Estado para todos os hospitais.