
Deixado no final de janeiro pela cervejaria 4Beer, o ponto do antigo Boteco Natalicio, no Centro Histórico, será ocupado por um novo bar.
O imóvel fica em uma esquina icônica no encontro das ruas Marechal Floriano Peixoto e Coronel Genuíno. Sob administração do Na Praça, a abertura está marcada para sexta-feira (11).
— Escolhi esse nome, pois meu primeiro estabelecimento fica na frente da praça Júlio Mesquita, em frente ao Gasômetro. Agora, por acaso, estamos de novo em frente a uma praça (a Daltro Filho) — explica o dono do negócio, Rafael Santos.
A proposta do Na Praça é servir bebidas e petiscos em um ambiente com mesas de sinuca e de pingue-pongue. No começo, haverá apenas tonéis e banquetas para os clientes, mas a ideia é instalar mesas futuramente.
A reforma no imóvel começou há um mês. O investimento será de apenas a R$ 10 mil para construir uma nova bancada e comprar equipamentos.
Grande reforma
O ponto passou por uma grande reforma, de cerca de R$ 200 mil, pelo antigo franqueado do 4Beer. Foram menos de três anos de funcionamento da marca no local.
Segundo um dos sócios, houve certa resistência da clientela ao modo de funcionamento, no formato "4Beer X", em que o cliente devia baixar um aplicativo para servir, ele próprio, seu copo de cerveja em uma máquina. A opção por um cardápio mais reduzido na alimentação também pode ter contribuído.
A casa tem 220 metros quadrados, incluindo um mezanino, e comporta até 146 clientes. As cores amarelo e branco serão mantidas na fachada e no interior da loja.
— No futuro, faremos rodas de samba, assim como o Natalicio fazia, mas sem explorar a área externa para não incomodar os vizinhos. O pessoal vai curtir aqui dentro. Será um lugar descontraído — diz o novo inquilino.

Boteco Natalício
Antes do 4Beer, o imóvel foi ocupado pelo tradicional Boteco Natalício por mais de 10 anos. A marca tinha três unidades em Porto Alegre: essa do Centro Histórico, que foi a primeira, e outras duas nos bairros Jardim Botânico e Tristeza.
Desde que o chef pernambucano Eduardo Natalicio, dono dos restaurantes, vendeu as lojas para franqueados, o movimento começou a cair.
Segundo ele, os royaltes pelo uso da marca pararam de ser pagos e ele deixou de fazer a consultoria para os proprietários. A última operação fechou em 2019.