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Porto Alegre terá um memorial para a enchente de 2024. A promessa foi feita pelo prefeito Sebastião Melo neste domingo (23), na Holanda, onde a comitiva gaúcha que busca soluções para as cheias visitou o Museu das Enchentes dos Países Baixos, em Ouwerkerk.
Conforme o prefeito, inicialmente o memorial da enchente será instalado no Paço Municipal, antigo edifício-sede da prefeitura. A ideia, segundo o prefeito, é garantir a memória sobre o que ocorreu na Capital.
— Eu acho que é importante a memória, é importante a reconstrução e o olhar futuro da tragédia climática que aconteceu. Penso que não tem lugar mais adequado para isso de que transformar um dos espaços do Paço no museu (da enchente). E aí eu vou resgatar a memória não só da enchente atual, mas também da de 1941 — disse Melo.
O prefeito diz que o futuro memorial não esconderá as falhas da prefeitura para contenção de cheias. Segundo Melo, contudo, a história da enchente não pode depositar toda a culpa sobre o prefeito que estava no cargo no momento da inundação.
— Veja o seguinte: eu nunca me eximi, em nenhum momento, neste processo. O que não dá para dizer é que a responsabilidade é do prefeito que estava de plantão no momento (em 2024). Acho que já temos materialidade para dizer que o sistema (de proteção contra cheias de Porto Alegre) que foi concebido teve erro especialmente na execução. Ele falhou multiplamente, em vários lugares, isso nós temos que falar. Inclusive, isso não é um debate ideológico, isso é um debate técnico — afirmou o prefeito.
Melo afirmou ainda que, na primeira semana de maio, a cada ano, será realizado um evento em Porto Alegre para debater os sistemas de proteção contra cheia, os investimentos realizados após a enchente de 2024 e assuntos relacionados ao tema.