Com processo de produção iniciado nos últimos dias, as casas permanentes que serão doadas para famílias vítimas da enchente em Porto Alegre deverão ser entregues no primeiro semestre deste ano. O terreno que receberá 31 imóveis, no bairro Partenon, passa por serviço de terraplanagem desde a semana passada, segundo o Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), que lidera o projeto.
Na próxima semana, os trabalhos devem avançar para a instalação das redes de água, esgoto e de eletricidade. Daqui a duas semanas, a previsão é de começar as fundações de concreto. A montagem das casas no local está programada para ocorrer ainda no primeiro trimestre, segundo o presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum. Ele destaca que, com métodos construtivos industrializados, o processo é acelerado, com uma casa montada a cada dois dias:
— Daqui a umas duas semanas, iniciam as fundações de concreto, que são radier de concreto, grandes lajes de concreto autoportantes que funcionam como fundações, para no início de março as casas iniciarem a montagem. Já foi dada a ordem de início para a empresa que está fazendo a fabricação das residências. Elas já vêm pré-montadas, os banheiros vêm prontos em concreto, que são aplicados em cima do radier, e ao redor dele é feita a instalação em steel frame, que é uma tecnologia que mistura estrutura metálica e chapas de cimento.
As 31 casas devem ficar prontas no local até o final de junho e entregues para as famílias até julho, segundo Teitelbaum. O dirigente explica que os moradores serão escolhidos pelo Departamento Municipal de Habitação (Demhab).
Investimento
A obra prevê cerca de R$ 5,2 milhões investidos em infraestrutura (terraplenagem, fundações, rede de água, esgoto e energia) no terreno, localizado na rua Pedro Boticário, doado pela prefeitura de Porto Alegre.
O projeto nasceu dentro do projeto “Juntos por Cada Lar, Dois por Um”. Inicialmente, eram previstas 50 casas, em um imóvel na zona sul da Capital, mas o local apresentou problemas. Com o valor arrecadado e a mudança de região, o projeto fechou em 31 residências.
Cada casa ocupa uma área construída de 44,34 metros quadrados e conta com sala de estar e jantar integrados, cozinha, área de serviço, dois quartos, banheiro, além de varanda dos fundos.
A Construção e as doações das moradias foram oficializadas por meio de um termo de cooperação firmado entre o Sinduscon-RS, a Associação Sul Rio Grandense da Construção Civil e o Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática, representado pela Secretaria Municipal de Meio ambiente, urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre (Smamus).