Não é preciso percorrer muitos trechos nos parques de Porto Alegre para perceber um dos danos mais visíveis causados pela tempestade da última semana: árvores retorcidas, raízes expostas e troncos destroçados. Os vestígios da última terça-feira (16) ainda eram evidentes na manhã desta quarta-feira (24).
Oito dias após o ocorrido, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos ainda não realizou o levantamento das árvores caídas nos parques da Capital. A pasta alega estar focada, no momento, no atendimento de ocorrências nas ruas e ressalta que o levantamento será a próxima ação realizada. Mais de 2 mil ocorrências de quedas de árvores em ruas da Capital foram registradas por meio da plataforma 156.
A equipe de reportagem de GZH percorreu a Redenção para verificar os estragos. Em alguns trechos, os frequentadores precisam contornar os galhos caídos. A maioria das árvores danificadas está concentrada entre o lago e a Avenida João Pessoa, assim como entre o centro de visitantes e o pedalinho. Próximo ao Recanto Oriental, chama atenção uma árvore caída cujo diâmetro equivale a três pessoas de braços abertos.
Curiosos passavam para registrar os estragos com os celulares.
O aposentado José Santos, 70 anos, relata ter visto os estragos pela televisão, mas pessoalmente ficou ainda mais impressionado com as raízes.
— Eu não imaginava o tamanho dessas árvores. Pessoalmente está pavoroso. É muito triste e dá medo. Nestas horas, percebemos a força do vento para derrubar uma árvore desse porte na Redenção.
No Parque Marinha do Brasil, o verde característico cedeu lugar a um cenário de devastação. Diversos galhos caíram e árvores permanecem pendentes. A maior parte das perdas visualizadas pela reportagem está na parte sul, próxima ao Beira-Rio.