
— A disputa está sempre aberta.
A frase que serve para todos os setores do futebol foi usada por Roger Machado em uma resposta sobre Bruno Henrique. Inclusive, o treinador explicou:
— Bruno Henrique ganhou a posição por mérito.
Mas agora, com o acúmulo de jogos, não está descartada uma mudança. O camisa 8 colorado, de tão boas atuações em alguns momentos, decaiu nas últimas partidas e pode ficar no banco, ao menos contra o Juventude. Há dois candidatos naturais para ocupar esse espaço, e um que corre por fora.
As três alternativas
O mais cotado para jogar é Ronaldo. Mesmo que seja preferencialmente um primeiro volante, ele tem sido usado por Roger frequentemente como substituto de Bruno Henrique. Muitas vezes, entra para controlar o meio-campo quando há algum desequilíbrio ou quando está sofrendo defensivamente.
A seu favor, portanto, essa capacidade de estabilizar o setor com seu posicionamento e bons passes. Pesa contra si o fato de não ser um meia dinâmico, desses que pisa nas duas áreas, se apresenta na frente, conclui a gol. No sistema colorado, o segundo homem do meio é fundamental nas duas fases, ofensiva e defensiva.
Reintegrado
Thiago Maia seria esse jogador. Os melhores momentos do Inter tiveram o ex-jogador do Flamengo como segundo homem. Mas desde a negociação com o Santos, frustrada duas vezes, não rendeu o que se esperava. Roger chegou a mencionar esse aspecto na última entrevista. No clube, há a expectativa de que agora a situação mude.
Jovem da base
A lesão de Diego Rosa, que deve ficar no mínimo três semanas fora, tira uma alternativa importante, de um jogador buscado recentemente com a esperança de renovar o fôlego do setor. Assim, a outra opção é Luis Otávio. O jovem até iniciou como titular a temporada, mas uma lesão lhe afastou do Gauchão. Vem ganhando espaço aos poucos.
Setor precisa de mais intensidade
O fato é que o Inter precisa de uma resposta mais firme nos jogadores dessa posição. O narrador Marcelo De Bona, da Rádio Gaúcha, insiste nesse tema ao longo da programação e reforça:
— A régua do Inter subiu, sobretudo pelo alto nível de disputa para avançar na Libertadores e por uma vaga no G-4 do Brasileirão. A maior necessidade é um camisa 8 que entregue um jogo mais dinâmico. Precisa de um jogador com mais intensidade para o setor.
De Bona faz uma comparação de estilo com jogadores que já passaram pelo Beira-Rio.
— O time precisa de um Fred, ou de um Tinga do passado. Bruno Henrique não consegue entregar isso e não tenho nenhuma convicção de que Thiago Maia vá conseguir. No grupo, talvez o jogador capaz de fazer isso é Diego Rosa, mas ele acaba de ter lesão confirmada. Para o próximo jogo, Bruno Henrique deve ir para o banco, até como ponto de preservação.
Esse é um dos desafios de Roger para a temporada. E a quantidade de jogos acumulados, possivelmente, permitirá uma espécie de vestibular para ver quem será o escolhido quando chegarem as fases finais. Ou o tamanho da urgência de buscar um nome novo quando a janela de transferências abrir.
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