Foi realizada nesta terça-feira (11), na Câmara de Vereadores, a segunda reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente que trata sobre a execução das obras no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia), em Porto Alegre. No encontro, os representantes da GAM3 Parks, vencedora da licitação para administrar o local, entregaram os laudos solicitados pelos integrantes da comissão durante a primeira reunião.
Agora, a comissão tem o período do recesso parlamentar na Câmara — que dura 15 dias a partir de 17 de julho — para analisar os laudos entregues. Conforme a concessionária, todas as solicitações feitas pelos vereadores foram atendidas.
— Entregamos toda a documentação que havia sido solicitada. Novos questionamentos foram feitos, mas foram respondidos verbalmente durante o encontro — afirmou a diretora e arquiteta da GAM3 Parks, Carla Deboni.
Proponente do debate na Comissão, o vereador Aldacir Oliboni (PT) afirma que os laudos entregues são todos referentes ao projeto original. No entanto, ainda persistem as divergências entre a concessionária e os conselheiros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (CMDUA) sobre a necessidade de documentos atualizados.
— Sabemos que foram feitas mudanças no projeto original em que a GAM3 Parks reconhece, mas diz que foram pequenas alterações e que não haveria necessidade de aprová-las no CMDUA. No entanto, os conselheiros consultados pela Comissão dizem o contrário — destacou o parlamentar.
O vereador Oliboni também confirmou o encaminhamento do pedido de uma audiência pública sobre o tema na Câmara de Vereadores e da criação de uma Comissão Externa para debater o assunto.
Para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), não há irregularidades na execução da obra. A pasta também relatou que não há qualquer indicativo para que ocorra uma interrupção.
— O que percebemos é que há uma divergência de projeto para a cidade no que envolve o parque. Muitas pessoas entendem que não é possível realizar investimentos privados, como concessões, em parques públicos — afirmou o secretário da Smamus, Germano Bremm.
O caso ganhou espaço nas últimas semanas, devido a críticas tanto de vereadores quanto de organizações ambientais em relação à condução da obra, com denúncias quanto à derrubada de árvores e à retirada de zonas de gramado.