A pouco mais de duas semanas do Natal, iluminação e enfeites espalham o clima de fim de ano por Porto Alegre.
Na sede da prefeitura da Capital, no Centro Histórico, luzes complementam a moldura do prédio. Uma árvore foi colocada mais à frente.
— Vim andando pela rua e, mesmo quando ainda não dava para ver a decoração, já percebi que a área estava mais iluminada. Quando cheguei aqui na frente (da prefeitura) me surpreendi, está muito lindo — disse Isis Herbe, 26 anos, moradora do bairro Cidade Baixa, enquanto conversava com uma amiga na escada em frente ao paço municipal.
— Acho que a decoração pela cidade nos renova a esperança, reforça a sensação de um novo ciclo. Seria lindo uma cidade toda decorada, traz esse espírito de solidariedade — afirma Manuela Fenner, 27, moradora do bairro São José. — Fica até mais seguro andar na cidade — complementa.
Quem passa pela Rua Duque de Caxias, perto da escadaria da Avenida Borges de Medeiros, no Centro, pode perceber outros dois prédios, um de frente para o outro, ostentando enfeites natalinos. As árvores da calçada em frente a eles também receberam luzes.
— Trabalho há 15 anos aqui, todo o ano tem decoração. É uma tradição — conta o responsável pela portaria de um dos edifícios, Igor Normamm Laux, 59 anos.
Nos pátios de prédios na Rua Santana, no bairro Santana, árvores feitas de pisca-pisca iluminam a rua. Natural de Cachoeira do Sul, Daniel Gonçalves, 34 anos, mora em um dos edifícios há cerca de um ano e conta que a tradição também é mantida no local.
— Aqui tem bastante gente idosa, que aproveita esse espaço. Dá pra se sentar nos bancos, tomar um chimarrão no fim da tarde. Com a decoração, é outro sentimento vir aqui. Traz até um pouco da lembrança do interior — diz Gonçalves.
Outro ponto iluminado na Capital é o Museu Militar do Comando Militar do Sul, na Rua dos Andradas. Na noite desta segunda-feira (9), diversas pessoas que passavam pelo local paravam para registrar o momento em fotos.
— Minha mãe, com mais 70 anos, até hoje monta árvore, coloca enfeites nas janelinhas de casa. Acho uma tradição tão bonita, que vale ser mantida, até para nos lembrar de pensar nos outros, de manter o espírito — diz Claudia Costa, 53 anos, moradora do centro.