A ciclovia da Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, enfim, deve ser concluída. Nesta terça-feira (3), o prefeito Nelson Marchezan inspecionou o início dos trabalhos do último trecho em aberto — o primeiro foi entregue em 2012, há sete anos. São 1,7 quilômetro entre as avenidas Salvador França e Coronel Lucas de Oliveira.
Ao todo, o espaço exclusivo para os ciclistas terá cerca de 10 quilômetros e ligará a orla do Guaíba até a Avenida Antônio de Carvalho. A obra é uma contrapartida do Iguatemi, pela expansão do shopping. A expectativa é de que o trecho seja entregue à população até o fim do primeiro semestre de 2020.
Desde 2009, dos 495 quilômetros previstos para ciclovias e ciclo faixas em Porto Alegre, apenas 48 quilômetros foram concluídos. Com isso, vários trechos ficaram desconectados, o que causa insegurança aos ciclistas em alguns pontos. É o caso da Avenida Ipiranga, que tinha um hiato entre a Salvador França e a Coronel Lucas de Oliveira.
— É um trecho grande, que une uma parte importante da Ipiranga. Faz a união entre a orla e a Antônio de Carvalho, passando por universidade, hospital, pela Avenida Goethe. Aqui não vai ser mais um caso de ciclovia que leva do nada a lugar nenhum. Pelo contrário — observou Marchezan.
Conforme o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fábio Berwanger Juliano, a conclusão da ciclovia da Ipiranga tem papel fundamental como alternativa ao transporte da cidade:
— Parece um trecho pequeno, de 1,7 quilômetro, mas é muito importante. Será um estímulo para deixar o carro em casa e optar pela bicicleta — finalizou.
Ciclovias poderão ser adotadas por empresas e pessoas físicas
Também nesta terça, o prefeito Nelson Marchezan assinou o decreto que regulamenta a adoção de ciclovias por pessoas físicas e jurídicas. A modalidade de preservação de espaços públicos já vem sendo utilizada para rotatórias e canteiros de ruas e avenidas. O objetivo, segundo a prefeitura, é permitir que interessados possam manter, cuidar e também melhorar os espaços. Em contrapartida, os adotantes podem instalar equipamentos de comunicação visual nos locais.
– É uma oportunidade para que a iniciativa privada e as pessoas físicas possam aplicar recursos e desonerar a máquina pública. Isso dá agilidade e qualidade ao trabalho, modernizando os espaços e trazendo benefícios à comunidade — destaca.
O decreto permite ainda a doação de serviços para ampliação das ciclovias. A execução dos trabalhos, neste caso, será feita mediante aprovação e supervisão da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) e a EPTC. Quando a doação dos serviços envolver ganho substancial à coletividade, será permitida a instalação de identificação comemorativa aos benefícios implementados.