Quase um ano depois da invasão ao prédio da prefeitura de Porto Alegre, ocorrida em 7 de agosto de 2018, a comissão de sindicância que apurou o caso emitiu relatório final, em que sugere o encaminhamento de 23 servidores à Comissão Permanente de Inquérito Administrativo, responsável pelos inquéritos disciplinares que envolvem os funcionários públicos municipais.
O documento aponta que houve uma agressão a um dos guardas municipais que protegiam o acesso ao Paço Municipal e danos a uma porta de entrada ao saguão do gabinete do vice-prefeito. Na ocasião, a ocupação do prédio durou cerca de 10 horas e terminou depois que uma liminar do Judiciário determinou a reintegração de posse.
Conforme a prefeitura, além do tumulto e da tentativa de entrada à força nos gabinetes do prefeito e do vice-prefeito, a aglomeração gerou perigo de dano, já que o prédio, fundado em 1901, não possuía capacidade estrutural para abrigar número excessivo de pessoas. Logo após a desocupação, o oficial de Justiça plantonista Luís Rodrigues afirmou que o prédio estava sem depredações ao deixar a sede do Executivo.
A comissão responsável pela sindicância determinou ainda que uma cópia do relatório seja enviada à Câmara de Vereadores, à Polícia Civil e ao Ministério Público.
Ainda de acordo com a prefeitura, caso as irregularidades sejam comprovadas, "após instauração de processo que garanta a ampla defesa", os responsáveis poderão ser punidos nos termos do Estatuto do Servidor.